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Muita gente pediu para ver a foto do crachá que foi descrito em sites e revistas nessa semana. Estão aí os meus 3 ícones, bem visíveis. Encorajado pela forte reação positiva faço um resumão dessa ideia bem simples que faz a gente pensar. É fato que a conexão entre duas pessoas, em todo lugar que estive, segue uma dança de dois passos: descobrir seus nomes e depois buscar um interesse comum, uma conexão. “Eu também gosto de Pink Floyd”. Pronto, a conversa engrena, novas conexões são criadas. Em uma empresa é pouco provável que as pessoas invistam esse tempo para criar laços. O normal é nem olhar o nome (em geral ilegível) de quem está na mesa e partir logo para o ataque da pauta que tem pela frente. Pequenas panelas permanentes se formam e é difícil entrar ou sair nelas. É normal e cultural mas convenhamos, deixa muitas possibilidades de melhores conexões de lado. Quando colocamos 3 paixões de cada colaborador em seu crachá facilitamos uma tarefa essencial e para muitos constrangedora: socializar. Isso faz com que as pessoas se enxerguem imediatamente de maneira mais natural, mais completa. Mais que isso, estimulamos todos a parar por alguns segundos e olhar ativamente e com interesse para saber quem é aquele colega que ele vê todo dia mas permanece um completo estranho. Em pouco tempo o óbvio aconteceu. Gente que sentava a 3 metros do outro há anos descobriu que lá está alguém que vale a pena conhecer e apoiar. Gente que não ia com a cara de alguém descobriu grandes afinidades e que uma roupa ou uma expressão fechada não decretam o que o outro é. A turma que estuda a formação de bons hábitos[i] diz que um dos 3 passos essenciais consiste em remover tudo o que atrapalha a execução do novo hábito e criar “gatilhos” para desencadear o hábito. A galera que corre de manhã costuma dizer que é importante deixar o tênis, meia, etc. separados e prontos. Segundo eles essa facilidade/gatilho garante que não voltem para a cama naquele momento crítico de levantar no frio. O crachá Orizon entra nesse papel, remover a dificuldade que as pessoas têm em conhecer mais sobre os outros enquanto trabalham e lembrá-las que faz sentido parar para acolher o outro verdadeiramente. Um grupo tem a força de suas conexões. Faz sentido aumentar o número e qualidade delas removendo dificuldades conhecidas. Eu gosto muito de ler, de cozinhar e de gravar arranjos vocais em meu estúdio caseiro. E você?
[i] “O poder do hábito”de Charles Duhigg é meu livro preferido nessa área. Sugiro para quem quer se aparelhar para construir melhores hábitos em si mesmo ou em equipes.
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